sábado, 15 de janeiro de 2011

Caos no Rio de Janeiro

Teresópolis, por Marcondes Ferreira/G1


Depois de "exterminado" o tráfico de armas e drogas, o Rio de Janeiro enfrenta outra guerra, agora contra a natureza. As chuvas causadoras da destruição nas áreas serranas, são notícia em todos os telejornais do país. Registra-se através da prefeitura e do corpo de bombeiros 548 mortos, mas ainda há muito o que escavar, muita gente ainda está desaparecida e muitas áreas não se tem acesso.
O trabalho de resgate está sendo executado no diurno, porque falta luz para explorar os morros e escavarem a noite. Alguns locais ficaram tão inacessíveis, que em São José do Vale do Rio Preto, por exemplo, uma família teve de esperar por mais de 60 horas um resgate. Outros mortos são sepultados em covas improvisadas lá mesmo e por aí segue a catástrofe. As reportagens são chocantes, abalam o emocional até dos repórteres que são capacitados para não se envolverem emocionalmente e noticiar com imparcialidade.
O governador do Estado do Rio de Janeiro decretou sete dias de luto, a partir de segunda (17/01). Esse problema de habitação em áreas serranas é muito perigoso, lembro que fizemos um estudo sobre isso quando eu cursei geografia na UERN, e Marcelo Lopes de Souza e outros teóricos advertiam para esses cuidados além territoriais.
Esta é noticiada como a maior tragédia climática da história do país, superou inclusive a do ano passado (abril/maio) que registrou 283 mortes no Rio: Ilha Grande, Angra e Niterói, onde se localizava o Morro do Bumba.

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