sexta-feira, 4 de março de 2011

O caso Lavínia: Uma nova "fera" para uma nova era. O que fazer?

O assassinato de Lavínia, de apenas 6 anos, vem nos comovendo a cada noticiário e nos deixando também indignados, pasmados com os detalhes desse crime sórdido. A frieza psicótica da assassina confessa é de meter medo. Não é à toa que já é chamada de "Fera de Caxias"
Há quem fale desse crime por meandros passionais. Eu não vejo nenhuma passionalidade numa história dessas. Mas segundo o delegado Zahar, tudo não passou de uma vingança passional, pois ela não aceitou o fim do relacionamento com o pai da menina.
Só mesmo uma psicopata legítima para executar uma ação dessas: Ela vestiu a menina, cuja saída de casa ainda é mistério, levou-a a um hotel e a enforcou com o cadarço de seu tênis, abafando os gritos com uma toalha em volta da cabeça e o corpo da garotinha foi encontrado debaixo da cama. Para mim foi mais que premeditado! Como diria Raimundo Fagner: a fera quer que o mundo morra e todo mundo corra, vem rasgando dólar, vem cuspindo bala, queimando as estrelas, respirando gás, assim a minha natureza não aguenta mais!
Um crime parecido aconteceu na década de 1960, também no Rio de Janeiro, quando a então conhecida “Fera da Penha” assassinou a enteada (tão horrivelmente que tenho repulsa em noticiar) por ter sido rejeitada pelo amante e de lá pra cá, muito tem se discutido sobre as nossas leis penais, que de certo modo, passaram sim, por algumas mudanças ao longo dos anos, visivelmente para pior. Pois Neyde “A Fera da Penha” passou 15 anos atrás das grades. Enquanto nos dias de hoje encontramos Guilherme de Pádua em qualquer esquina, na televisão dando entrevistas e tudo mais. Isso graças a que? As leis penais, às emendas e aos favoritismos aos assassinos.
O código penal brasileiro é muito pacifico e benevolente, aqui todo mundo tem direito de matar pelo menos uma vez e fica tudo ok. Não sou a favor da pena de morte, ainda que para povos de cultura “superior” seja essa a saída para limpar a sociedade – aplicando as penas eliminatórias: pena de morte e prisão perpétua. Mas ainda alimento o pensamento de que o direito a vida nos é dado por uma força espiritual maior, e eu seria incoerente com o que a fé que professo e até mesmo com meu discurso de luta pela vida e punição para assassinos covardes e frios.
Contudo, tenho em mente as inúmeras impossibilidades de conviver com pessoas capazes de tais atrocidades. Ninguém se reabilita num passe de mágicas, mas é assim que a lei vê e concede os criminosos de nosso país. É habeas corpus pra cá, liminares pra lá e vão sempre driblando as penas sentenciadas. Ouçam bem – sentenciadas. Portanto, não vamos estranhar quando sair a sentença da assassina de Lavínia, que deverá responder por homicídio triplamente qualificado. Vamos estranhar sim, se a "fera" cumprir a pena toda. O que sinceramente não acredito! A menos que venha a ser um caso exepcional, aposto na benevolência de nossa lei para com os criminosos e não me espanto se ela cumprir ao menos um 1/3 da pena e por força de alguma liminar daqui a pouco está na rua por “bom comportamento”. Alguém duvida?
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